Spassov, Fernando Couto, Holmberg e Marco Almeida. Todos tiveram o quarto forrado com posters dos Poison. E o Spassov, para além disso, tinha medo de se pentear.
sábado, fevereiro 28, 2009
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Outro Destino Fabuloso
Tales Schutz (santinho). Um possante avançado, dois belos nomes e três vezes consecutivas a titular como record.
Tales nunca poderia ser horticultor, nunca foi tipo de criar raízes. Como o seu homónimo de Mileto, Tales Schutz (santinho) também se dedica à filosofia. Alguns pensavam que ele vivia do e para o futebol. Mas, na verdade, foi sempre a filosofia que norteou este Tales – em rigor, a filosofia do desprendimento. A sua citação favorita era de António Variações: “só estou bem onde não estou”.
Tales era de facto muito rápido. Como o Lucky Luke a fulminar a sua sombra, olhávamos para o lado e… pumba!, Tales já lá não estava. De espírito inquieto, entediava-se rapidamente das coisas. Tudo era demasiado longo. Especialmente, os 90 minutos de um jogo. Para Tales, o ideal era que o jogo se compusesse de dois pontapés de saída, um por cada equipa, e após estes pontapés íamos todos para casa felizes e contentes, a pensar onde ir no dia seguinte.
Não querendo maçar, até porque o currículo que apresentamos na figura é deveras esclarecedor, vamos só resumir o fabuloso percurso de Tales Schutz (santinho): Botafogo (sítio jeitoso para começar, sem dúvida); Atlético Paranaense (bonito, sim senhor); Ashod (ah, Israel e o seu futebol composto de ogivas de longo alcance e carrosséis ofensivos com sabor a pita shoarma); Maccabi Netanya (não se obtém prestígio nenhum se se jogar em Israel num clube que não seja “Maccabi”); Botafogo RP (cá está, o efeito do prestígio acumulado); Akratitos (onde arranjou atritos que o devolveram à procedência); Botafogo RP (outra vez, num encore pouco habitual); Cianorte (não, não é uma empresa de viação de Amarante); Jagiellonia (a Polónia era o sítio ideal para aprender a desenvolver um bigode como o do Lech Walesa) e Juventus SP (afinal, fazia muito frio na Polónia).
A partir daqui, os relatos dividem-se: os “Cadernos da Bola” apontam que Rondonópolis foi o destino; já a Wikipedia refere o Grémio Inhumense. É natural esta confusão. São dois grandes clubes quase indiferenciáveis. Acreditamos, inclusivamente, que é possível que tenha jogado cinco minutos num lado e outros cinco noutro. Não se esqueçam que Tales foi menino para estar em cerca de dez clubes em apenas cinco anos – ou seja, dois clubes por ano.
Depois, a glória: uma chamada da China, que ficara de olhos em bico perante as qualidades de Tales Schutz (santinho). A resposta de Tales ouvida pelos “Cadernos da Bola”: duas dúzias de golos em trinta jogos.
Golo após golo, Tales levava o riquexó do South China a píncaros nunca dantes experimentados. Fez chop suey das defensivas amareladas e arriscou desfilar em Tiananmen a dar toques na bola. Estava encontrado o novo Confúcio.
Porém, fiel às suas convicções, enterneceu-se ao ouvir falar do Leixões, um clube de homens do mar. Mesmo que estivesse quase a acreditar que era mesmo um avançado notável, Tales arrancou decidido para Matosinhos, deixando a China à beira de um ataque de nervos. Pedaços da Grande Muralha foram-lhe ofertados por milhões de crianças exploradas em fábricas de calçado, mas nada demoveu o impaciente Tales Schutz (santinho).
No Leixões, 394 intensos minutos em 10 jogos. Lamentavelmente, o fulgor goleador da temporada chinesa afundara-se como uma traineira ao largo da costa. Sem grandes surpresas, a direcção leixonense preparava-se para dispensá-lo logo na reabertura do mercado… mas Tales Schutz (santinho) já nem sequer lá estava: regressara ao South China, o único sítio que realmente o soube apreciar. Com ou sem crepes fritos.
Agora Tales Schutz (santinho) vive feliz, com uma impressionante e inédita estabilidade, num fértil campo de arroz com mais 30 ou 40 milhões de chineses, mais o Sidrailson – que deixou um rasto de saudade em Barcelos –, o relativamente obscuro Cacá e o igualmente icónico Detinho. Como podem ver na fotografia ao lado, e a menos que um escorpião lhe tenha paralisado os músculos faciais, Detinho está com um óptimo aspecto, encontrando finalmente um fato que lhe servisse.
Como curiosidade, a Wikipedia refere que Tales usa o nº28 nas costas, em homenagem ao dia em que conheceu a sua actual namorada. Porém, conhecendo bem Tales Schutz (santinho) como conhecemos, é provável que Tales já tenha mudado três ou quatro vezes de namorada entretanto. Pode também já se ter casado, divorciado, casado e preenchido os papéis para o divórcio novamente. E não será de estranhar que já tenha mudado de sexo, regressado ao normal e pensado em mudar de sexo outra vez ou tornar-se hermafrodita. Apostamos que nem a Wikipedia terá o mais recente update de Tales Schutz (santinho).
Tales nunca poderia ser horticultor, nunca foi tipo de criar raízes. Como o seu homónimo de Mileto, Tales Schutz (santinho) também se dedica à filosofia. Alguns pensavam que ele vivia do e para o futebol. Mas, na verdade, foi sempre a filosofia que norteou este Tales – em rigor, a filosofia do desprendimento. A sua citação favorita era de António Variações: “só estou bem onde não estou”.
Tales era de facto muito rápido. Como o Lucky Luke a fulminar a sua sombra, olhávamos para o lado e… pumba!, Tales já lá não estava. De espírito inquieto, entediava-se rapidamente das coisas. Tudo era demasiado longo. Especialmente, os 90 minutos de um jogo. Para Tales, o ideal era que o jogo se compusesse de dois pontapés de saída, um por cada equipa, e após estes pontapés íamos todos para casa felizes e contentes, a pensar onde ir no dia seguinte.
Não querendo maçar, até porque o currículo que apresentamos na figura é deveras esclarecedor, vamos só resumir o fabuloso percurso de Tales Schutz (santinho): Botafogo (sítio jeitoso para começar, sem dúvida); Atlético Paranaense (bonito, sim senhor); Ashod (ah, Israel e o seu futebol composto de ogivas de longo alcance e carrosséis ofensivos com sabor a pita shoarma); Maccabi Netanya (não se obtém prestígio nenhum se se jogar em Israel num clube que não seja “Maccabi”); Botafogo RP (cá está, o efeito do prestígio acumulado); Akratitos (onde arranjou atritos que o devolveram à procedência); Botafogo RP (outra vez, num encore pouco habitual); Cianorte (não, não é uma empresa de viação de Amarante); Jagiellonia (a Polónia era o sítio ideal para aprender a desenvolver um bigode como o do Lech Walesa) e Juventus SP (afinal, fazia muito frio na Polónia).
A partir daqui, os relatos dividem-se: os “Cadernos da Bola” apontam que Rondonópolis foi o destino; já a Wikipedia refere o Grémio Inhumense. É natural esta confusão. São dois grandes clubes quase indiferenciáveis. Acreditamos, inclusivamente, que é possível que tenha jogado cinco minutos num lado e outros cinco noutro. Não se esqueçam que Tales foi menino para estar em cerca de dez clubes em apenas cinco anos – ou seja, dois clubes por ano.
Depois, a glória: uma chamada da China, que ficara de olhos em bico perante as qualidades de Tales Schutz (santinho). A resposta de Tales ouvida pelos “Cadernos da Bola”: duas dúzias de golos em trinta jogos.
Golo após golo, Tales levava o riquexó do South China a píncaros nunca dantes experimentados. Fez chop suey das defensivas amareladas e arriscou desfilar em Tiananmen a dar toques na bola. Estava encontrado o novo Confúcio.
Porém, fiel às suas convicções, enterneceu-se ao ouvir falar do Leixões, um clube de homens do mar. Mesmo que estivesse quase a acreditar que era mesmo um avançado notável, Tales arrancou decidido para Matosinhos, deixando a China à beira de um ataque de nervos. Pedaços da Grande Muralha foram-lhe ofertados por milhões de crianças exploradas em fábricas de calçado, mas nada demoveu o impaciente Tales Schutz (santinho).
No Leixões, 394 intensos minutos em 10 jogos. Lamentavelmente, o fulgor goleador da temporada chinesa afundara-se como uma traineira ao largo da costa. Sem grandes surpresas, a direcção leixonense preparava-se para dispensá-lo logo na reabertura do mercado… mas Tales Schutz (santinho) já nem sequer lá estava: regressara ao South China, o único sítio que realmente o soube apreciar. Com ou sem crepes fritos.
Agora Tales Schutz (santinho) vive feliz, com uma impressionante e inédita estabilidade, num fértil campo de arroz com mais 30 ou 40 milhões de chineses, mais o Sidrailson – que deixou um rasto de saudade em Barcelos –, o relativamente obscuro Cacá e o igualmente icónico Detinho. Como podem ver na fotografia ao lado, e a menos que um escorpião lhe tenha paralisado os músculos faciais, Detinho está com um óptimo aspecto, encontrando finalmente um fato que lhe servisse.
Como curiosidade, a Wikipedia refere que Tales usa o nº28 nas costas, em homenagem ao dia em que conheceu a sua actual namorada. Porém, conhecendo bem Tales Schutz (santinho) como conhecemos, é provável que Tales já tenha mudado três ou quatro vezes de namorada entretanto. Pode também já se ter casado, divorciado, casado e preenchido os papéis para o divórcio novamente. E não será de estranhar que já tenha mudado de sexo, regressado ao normal e pensado em mudar de sexo outra vez ou tornar-se hermafrodita. Apostamos que nem a Wikipedia terá o mais recente update de Tales Schutz (santinho).
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Um Destino Fabuloso
Um destino fabuloso não está apenas ao alcance de Nuno "Gomes"… desculpem, da Amélie Poulain. Há quem coleccione autocolantes das mais variadas latitudes na sua mala de viagem assim como o nosso saudoso Eusébio (ex-Tirsense, ex-Beira-Mar, ex-Braga e ex-mullet) coleccionava cartões amarelos.
Falamos, por exemplo, de Márcio Martins e dos seus belos olhos cuja cor nunca conseguimos discernir. Márcio foi um zagueiro vimaranense e presença indispensável no banco e na bancada da cidade-berço, de onde emitia descrições rocambolescas da sua carreira que todo o plantel sorvia com ardor, como escuteiros à volta da fogueira. As palavras de Márcio Martins escorriam como fios de mel pela carapinha achocolatada de Neno, resultando numa sobremesa tão apelativa quanto perigosamente calórica. Um dia, o seu poder oratório até corou o aparentemente imperturbável Momha. Ou seria o Desmarets? Pronto, o mais alto desses dois.
Márcio nasceu em Ibitinga, a terra de todos os sonhos, num óbvio prenúncio da carreira estrelada que o aguardava. Ainda adolescente, reparou numa bola de trapos e fez-lhe olhinhos. Foi atrás dela e acabou por se inscrever no Matonense. Acto contínuo, empinou o peito e fez-se à vida no colossal Guaratinguetá.
Isto já seria suficiente para preencher o currículo de muito boa gente, mas Márcio, ambicioso, quis ir um pouco mais além. E, findos três enormes anos, partiu a loiça e dirigiu-se para o mastodôntico XV de Novembro.
Uma vez chegado a esse dia do calendário tornado clube de futebol, Márcio decidiu que gostava mais da véspera, ou seja, regressou, um pouco desiludido, para a casa que tanto o amou: o grande – treze letras – e impronunciável Guaratinguetá.
Por pouco tempo, porém. Márcio, sempre em busca do seu El Dorado português, nem hesitou quando aceitou o convite do Figueirense, convencido que singraria no frenesim urbano da Figueira de Castelo Rodrigo de início de século. Márcio via com bons olhos espalhar o seu futebol pelos campos sintéticos do alto da Beira Alta, mas, afinal, o Figueirense era do estado de Santa Catarina.
Nova tentativa: disseram-lhe que precisavam de um defesa em São Bento e Márcio, apesar de intrigado (“Ué? Então o presidentji dji Pórrtugau vai precisá dji zaguêros no seu palácio? Não entendu, não.”), sentiu que estava na altura de mudar de camisola outra vez. Mas afinal São Bento era do estado de São Paulo e tantos santos já estavam a aborrecer Márcio.
Falamos, por exemplo, de Márcio Martins e dos seus belos olhos cuja cor nunca conseguimos discernir. Márcio foi um zagueiro vimaranense e presença indispensável no banco e na bancada da cidade-berço, de onde emitia descrições rocambolescas da sua carreira que todo o plantel sorvia com ardor, como escuteiros à volta da fogueira. As palavras de Márcio Martins escorriam como fios de mel pela carapinha achocolatada de Neno, resultando numa sobremesa tão apelativa quanto perigosamente calórica. Um dia, o seu poder oratório até corou o aparentemente imperturbável Momha. Ou seria o Desmarets? Pronto, o mais alto desses dois.
Márcio nasceu em Ibitinga, a terra de todos os sonhos, num óbvio prenúncio da carreira estrelada que o aguardava. Ainda adolescente, reparou numa bola de trapos e fez-lhe olhinhos. Foi atrás dela e acabou por se inscrever no Matonense. Acto contínuo, empinou o peito e fez-se à vida no colossal Guaratinguetá.
Isto já seria suficiente para preencher o currículo de muito boa gente, mas Márcio, ambicioso, quis ir um pouco mais além. E, findos três enormes anos, partiu a loiça e dirigiu-se para o mastodôntico XV de Novembro.
Uma vez chegado a esse dia do calendário tornado clube de futebol, Márcio decidiu que gostava mais da véspera, ou seja, regressou, um pouco desiludido, para a casa que tanto o amou: o grande – treze letras – e impronunciável Guaratinguetá.
Por pouco tempo, porém. Márcio, sempre em busca do seu El Dorado português, nem hesitou quando aceitou o convite do Figueirense, convencido que singraria no frenesim urbano da Figueira de Castelo Rodrigo de início de século. Márcio via com bons olhos espalhar o seu futebol pelos campos sintéticos do alto da Beira Alta, mas, afinal, o Figueirense era do estado de Santa Catarina.
Nova tentativa: disseram-lhe que precisavam de um defesa em São Bento e Márcio, apesar de intrigado (“Ué? Então o presidentji dji Pórrtugau vai precisá dji zaguêros no seu palácio? Não entendu, não.”), sentiu que estava na altura de mudar de camisola outra vez. Mas afinal São Bento era do estado de São Paulo e tantos santos já estavam a aborrecer Márcio.
Estava Márcio pelo Guarani, aliviando as suas mágoas entre índios tupis, tucanos e guaranás, quando uma chamada celestial desceu das nuvens e atingiu Márcio – a Juventus precisava dele. Hossanas ao senhor, as preces tinham sido ouvidas, nem o armário com dois pés chamado Gladstone tivera semelhante sorte. Márcio pôs a sacola às costas e lá foi ele, orgulhoso e agradecido ao senhor, apanhar o avião para Turim.
Infelizmente, esta Juventus não era a vecchia signora de Piemonte, mas sim a Juventus do velho conhecido estado de Santa Catarina. A Europa parecia uma miragem só vista através da TV Globo Internacional.
Finalmente, a consagração: Afonso Henriques, o fundador português, esperava-o de braços abertos. Pegou nos seus cromos do Caio Júnior, Alexandro e Arley e colou-os no peito, mesmo em cima dos tufos de pêlo, pedindo protecção divina destes seus novos profetas.
Todavia, quando Márcio aterrou, constatou que era mais a bancada central que o esperava e que o fundador tinha mais que fazer do que empossar Márcio como seu aio. É verdade, o inventor de Portugal andava ocupado em selar a sua amizade com o mouro Luís Muhammed Vieira, até garantindo o concurso de duas cromáticas princesas, Luís Abdul Filipe e Nuno Al-Assis, para os seus quadros. Pelo meio, organizaram-se viagens de sonho até às pacíficas paisagens centro-europeias feudo de Mr. Platini, em jeito de lua-de-mel. E Márcio continuava a apanhar bonés.
Apesar de tudo, o calor humano dos Insane Guys, as fintas de Fajardo e o facto de Jean Coral ser um excelente sambista fizeram com que Márcio ficasse pela sombra do castelo cerca de ano e meio, embora contando pelos dedos de uma mão de pirotécnico os seus jogos pela equipa principal.
Foi muito bom, mas tal idílio tinha que acabar. A partir daqui, o céu era o limite. Contudo, sendo um tipo razoável e antevendo problemas de relacionamento com os santos, Márcio Martins regressou à sua terra e quedou-se pelo Ceará. Por enquanto: na altura em que estiverem a ler esta linha, é bem possível que Márcio já esteja noutro lado qualquer.
Fabuloso, não? Mas esperem até verem o percurso de Tales Schulz, esse meteórico goleador que ainda ensombra a memória de alguns matosinhenses incrédulos. A não perder num post que virá antes que alguém consiga pronunciar “Vlk e os três tristes tigres do Kralj” correctamente.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Doppelgänger MCXVII
- Reginaldo Rodrigues de Almeida: jornalista da SIC
- Givanildo Vieira de Souza: único ser humano (?) a desafiar o Optimus Prime para uma batalha e a vencê-lo por KO técnico ao 1º round. Sem mãos (e com uma ligeira dor de cabeça).
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Rádio Nostalgia
Passado o Cristo-Rei, sintonizámos o velho rádio de pilhas nos 150.0 MHz da Nostalgia FM, em busca dum relato qualquer. A nossa preferência ia para o escaldante Alfarim – Marítimo Rosarense.
Mas no distrito de Setúbal já não há sarrdinha da boa nem choco frrito que não saiba a plástico, o Vítor Baptista nunca mais encontrou o brinco, o Barbas foi quase engolido pelo mar (que ponderou, e muito bem, os prós e os contras de levar aquela fartura capilar consigo) e de relatos… nada.
Previsivelmente, Carlos Cardoso está novamente ao leme do Vitórria. Mas há outras personagens que já não voltam, nem patrocinadores como a Mimosa, nem os largos equipamentos da Olympic, findos esses loucos anos 90. Façamos-lhes então justiça.
Silvino, esse mítico pigmeu das redes, mais elástico que uma pastilha Super Gorila, trocara a Costa Verde pela Costa Azul. Tentou ver como seriam as coisas mais a sul, se calhar no Norte eram todos gigantes e no Sul ele seria um Gulliver em Lilliput. Mas não. Um metro e meio, ou lá o que era, não significava grandeza em lado algum. Após ter sido espezinhado inadvertidamente pela equipa de infantis do Vitória, o máximo que Silvino conseguiu nas margens do Sado foi ostentar uma bela camisola de guarda-redes, tamanho XXS, comprada ao filho recém-nascido do Figueiredo, que tinha ido aos saldos da Pré-Natal.
Figueiredo, ou o orgulho de um aspecto completamente desmazelado e ligeiramente jaimado da cerquelha. Figueiredo não conhecia regras. Tudo o que se mexesse era para deitar abaixo. Não havia cá rodriguinhos. Não havia cá pentes. Não havia cá perfume. E depois, aquele sorriso provocante, aquela estranha sensação de estar a faltar um dente partido para compor o ramalhete. Figueiredo era punk, niilista e anárquico. Não havia grande sentido no jogo dele – a não ser o sentido único da cacetada a torto e a direito, o pontapé para os golfinhos no estuário e a ironia desbragada, semelhante à de um Bocage com os azeites.
Ao seu lado, Eric, o boer. Também gostava que lhe chamassem de Tinkler. De aspecto militar, o sul-africano mais famoso da margem sul impôs a sua lei pelo burgo onde outrora Luísa Todi afinou as goelas. Porém, com Eric não havia cantigas. A férrea ética de Eric, aprendida entre o caos de Joanesburgo e a selvajaria do Kruger Park, tanto era capaz de lhe granjear grandes amigos como grandes inimigos: quem fosse simpático com ele ainda era capaz de receber uma pepita de ouro contrabandeada do Transvaal como sinal de respeito; mas a quem lhe ousasse mostrar maus modos, Eric obrigava essa pessoa a visionar duas vezes seguidas o filme “Os Deuses Devem Estar Loucos”, com legendas em boshimane, algo que fez com que Sessay estivesse sempre com as rastas de sobreaviso, à espera que uma messiânica Coca-Cola caísse do céu. Eric até gostava de jogar à bola, mas tudo tinha de ser feito mais em força e com uma velocidade semelhante à do Rochemback coxo.
Velocidade? Velocidade era com Aziz. Dribles eram com Aziz. Tapetes eram com Aziz. Aliás, dizem que foi este marroquino quem estendeu a passadeira vermelha para Rui Esteves entrar triunfalmente no Bonfim. O moscatel caía-lhe mal, dado que o seu estômago só tolerava kebabs sem molho e de confecção caseira. Aziz tornou a sua estadia por Setúbal numa espécie de Ramadão permanente e o seu sorriso eclipsou-se em menos de nada, tapado pelas longas melenas de Hernâni.
Hernâni, aqui convertido ao fenómeno grunge que também varreu o Sado, regressara a um estádio perto da praia, depois de uma relação mal resolvida com o volume monolítico que era Mozer. As coisas pareciam bem encaminhadas. Mas jogar na relva é uma coisa, jogar na areia é outra – um pouco como comparar Pearl Jam com Blind Zero. De resto, as afinidades com o “rock n’ roll lifestyle” não se esgotavam no plano estético e Hernâni quis ir mais longe, cheirando todas as oportunidades que lhe surgiam pela frente para ser um verdadeiro ídolo do povo. Tanto cheirou que se tramou: esta passagem por Setúbal revelou-se um “flop” e Hernâni ressacou pelo círculo central, nunca conseguindo sequer chegar junto às linhas.
Porém, as sementes tinham sido lançadas: Paulo Sérgio, agora bem mais anafado e sem os tiques de Sansão que o caracterizavam, também tinha sucumbido à moda grunge. Cabelos compridos, soltos pelo vento, rebeldes como um som saído de um suja garagem, contrastando com o genuíno fado do avançado português: muita parra, pouca uva, um ou outro golito quando o rei fazia anos, longe da magnificência do (con)sagrado Yekini. Mas dizem-nos que nos treinos o Paulo Sérgio era mesmo muito bom e chegou a cantar a “Daughter” dos Pearl Jam melhor que o próprio Eddie Vedder. E, no seu auge, fez um mosh histórico ao Hélio, apanhando-o distraído a espremer borbulhas no balneário.
Desligámos a rádio, mas não a nostalgia. O que vale é que ainda vai existindo um Leandro Carrijo por aqui e acolá, entre este ou aquele Laionel, perdido nas encostas da Arrábida.
Mas no distrito de Setúbal já não há sarrdinha da boa nem choco frrito que não saiba a plástico, o Vítor Baptista nunca mais encontrou o brinco, o Barbas foi quase engolido pelo mar (que ponderou, e muito bem, os prós e os contras de levar aquela fartura capilar consigo) e de relatos… nada.
Previsivelmente, Carlos Cardoso está novamente ao leme do Vitórria. Mas há outras personagens que já não voltam, nem patrocinadores como a Mimosa, nem os largos equipamentos da Olympic, findos esses loucos anos 90. Façamos-lhes então justiça.
Silvino, esse mítico pigmeu das redes, mais elástico que uma pastilha Super Gorila, trocara a Costa Verde pela Costa Azul. Tentou ver como seriam as coisas mais a sul, se calhar no Norte eram todos gigantes e no Sul ele seria um Gulliver em Lilliput. Mas não. Um metro e meio, ou lá o que era, não significava grandeza em lado algum. Após ter sido espezinhado inadvertidamente pela equipa de infantis do Vitória, o máximo que Silvino conseguiu nas margens do Sado foi ostentar uma bela camisola de guarda-redes, tamanho XXS, comprada ao filho recém-nascido do Figueiredo, que tinha ido aos saldos da Pré-Natal.
Figueiredo, ou o orgulho de um aspecto completamente desmazelado e ligeiramente jaimado da cerquelha. Figueiredo não conhecia regras. Tudo o que se mexesse era para deitar abaixo. Não havia cá rodriguinhos. Não havia cá pentes. Não havia cá perfume. E depois, aquele sorriso provocante, aquela estranha sensação de estar a faltar um dente partido para compor o ramalhete. Figueiredo era punk, niilista e anárquico. Não havia grande sentido no jogo dele – a não ser o sentido único da cacetada a torto e a direito, o pontapé para os golfinhos no estuário e a ironia desbragada, semelhante à de um Bocage com os azeites.
Ao seu lado, Eric, o boer. Também gostava que lhe chamassem de Tinkler. De aspecto militar, o sul-africano mais famoso da margem sul impôs a sua lei pelo burgo onde outrora Luísa Todi afinou as goelas. Porém, com Eric não havia cantigas. A férrea ética de Eric, aprendida entre o caos de Joanesburgo e a selvajaria do Kruger Park, tanto era capaz de lhe granjear grandes amigos como grandes inimigos: quem fosse simpático com ele ainda era capaz de receber uma pepita de ouro contrabandeada do Transvaal como sinal de respeito; mas a quem lhe ousasse mostrar maus modos, Eric obrigava essa pessoa a visionar duas vezes seguidas o filme “Os Deuses Devem Estar Loucos”, com legendas em boshimane, algo que fez com que Sessay estivesse sempre com as rastas de sobreaviso, à espera que uma messiânica Coca-Cola caísse do céu. Eric até gostava de jogar à bola, mas tudo tinha de ser feito mais em força e com uma velocidade semelhante à do Rochemback coxo.
Velocidade? Velocidade era com Aziz. Dribles eram com Aziz. Tapetes eram com Aziz. Aliás, dizem que foi este marroquino quem estendeu a passadeira vermelha para Rui Esteves entrar triunfalmente no Bonfim. O moscatel caía-lhe mal, dado que o seu estômago só tolerava kebabs sem molho e de confecção caseira. Aziz tornou a sua estadia por Setúbal numa espécie de Ramadão permanente e o seu sorriso eclipsou-se em menos de nada, tapado pelas longas melenas de Hernâni.
Hernâni, aqui convertido ao fenómeno grunge que também varreu o Sado, regressara a um estádio perto da praia, depois de uma relação mal resolvida com o volume monolítico que era Mozer. As coisas pareciam bem encaminhadas. Mas jogar na relva é uma coisa, jogar na areia é outra – um pouco como comparar Pearl Jam com Blind Zero. De resto, as afinidades com o “rock n’ roll lifestyle” não se esgotavam no plano estético e Hernâni quis ir mais longe, cheirando todas as oportunidades que lhe surgiam pela frente para ser um verdadeiro ídolo do povo. Tanto cheirou que se tramou: esta passagem por Setúbal revelou-se um “flop” e Hernâni ressacou pelo círculo central, nunca conseguindo sequer chegar junto às linhas.
Porém, as sementes tinham sido lançadas: Paulo Sérgio, agora bem mais anafado e sem os tiques de Sansão que o caracterizavam, também tinha sucumbido à moda grunge. Cabelos compridos, soltos pelo vento, rebeldes como um som saído de um suja garagem, contrastando com o genuíno fado do avançado português: muita parra, pouca uva, um ou outro golito quando o rei fazia anos, longe da magnificência do (con)sagrado Yekini. Mas dizem-nos que nos treinos o Paulo Sérgio era mesmo muito bom e chegou a cantar a “Daughter” dos Pearl Jam melhor que o próprio Eddie Vedder. E, no seu auge, fez um mosh histórico ao Hélio, apanhando-o distraído a espremer borbulhas no balneário.
Desligámos a rádio, mas não a nostalgia. O que vale é que ainda vai existindo um Leandro Carrijo por aqui e acolá, entre este ou aquele Laionel, perdido nas encostas da Arrábida.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Gala Cromos da Bola 2008 - O Final
Chegamos finalmente à conclusão da Gala Cromos da Bola 2008, que premeia com os insignes Rui Óscares os filmes (e seus intervenientes) que mais se destacaram ao longo do ano transacto.
O Rui Óscar para Comédia do Ano foi rasteirado por "Petit", com Armando Teixeira no papel principal. O sanguinário primata interpreta de forma brilhante o emigrante que deixa o seu País à procura de uma vida melhor na Alemanha; tudo isto enquanto descodifica a misteriosa nação de Michael Kimmel para português ver.
Sempre com muito humor, sangue e couratos à mistura, a dor de ver partir um dos nossos é mitigada pelo sucesso que o Armando consegue atingir nesta sua nova aventura. Como não vencer num campeonato onde até Hugo Almeida parece vagamente um jogador profissional de futebol?
Teixeira pareceu feliz com o galardão, mas na realidade ninguém percebeu muito bem se ele estava a vociferar ou a chorar de emoção. Para a posteridade fica o momento em que o futebolista partiu a base da estatueta do Rui Óscar com um "carrinho" magistralmente executado.
Com toda a pompa e circunstância, a categoria de Filme Rasca de Acção do Ano fechou a edição de 2008 da nossa prestigiada Gala. Uma vez mais, o favorito era óbvio e não se registaram quaisquer surpresas:
"Double Team", uma intensa e violenta película escrita pela pena do Demo, apresenta-nos um duo volátil e com especial gosto pela destruição, que pintou a ódio os relvados nacionais no ano da graça de 2008.
Irmãos de sangue e inimigos de profissão, estes dois mafarricos demonstraram especial propensão para se meterem em sarilhos. Embora não pertençam a nenhum exército e não se guiem pelas normas, juntos formam um duo imbatível. Que ninguém ouse desafiar os seus pitons banhados a calamidade, sob pena da reforma se aproximar à velocidade de um Zé Bala.
Bruno Regufe Alves e Gilles Binya, os protagonistas, partilharam o palco por pouco tempo, visto que o próprio palanque fora alvo de uma entrada agressiva do camaronês. Ainda o público gritava horrorizado "rotura de ligamentos!", já estava o companheiro Alves a dar o toque final nesta demanda de flagelo do duo desgraçado duo. "E a seguir, vou encavalitar-me nas costas da estátua da liberdade!", bramia o megalómano Regufe, enquanto as chamas consumiam o armazém. Sim, alguém deu um isqueiro e gasolina ao Bynia. Mais tarde, Detinho viria a admitir o seu erro: "Cara, ele disse que era para fazer uma baita duma caipirinha à Didier Lang. Como podia recusar, pô?"
Foi assim o extemporâneo terminus da Gala Inaugural Cromos da Bola, sem que o pirómano camaronês tenha tido sequer oportunidade de receber o Rui Óscar para Penteado Mais Similar A Um Ferrero Rocher, naquele que se previa ser o ponto de rebuçado do certame.
Fica para o ano.
O Rui Óscar para Comédia do Ano foi rasteirado por "Petit", com Armando Teixeira no papel principal. O sanguinário primata interpreta de forma brilhante o emigrante que deixa o seu País à procura de uma vida melhor na Alemanha; tudo isto enquanto descodifica a misteriosa nação de Michael Kimmel para português ver.
Sempre com muito humor, sangue e couratos à mistura, a dor de ver partir um dos nossos é mitigada pelo sucesso que o Armando consegue atingir nesta sua nova aventura. Como não vencer num campeonato onde até Hugo Almeida parece vagamente um jogador profissional de futebol?
Teixeira pareceu feliz com o galardão, mas na realidade ninguém percebeu muito bem se ele estava a vociferar ou a chorar de emoção. Para a posteridade fica o momento em que o futebolista partiu a base da estatueta do Rui Óscar com um "carrinho" magistralmente executado.
Com toda a pompa e circunstância, a categoria de Filme Rasca de Acção do Ano fechou a edição de 2008 da nossa prestigiada Gala. Uma vez mais, o favorito era óbvio e não se registaram quaisquer surpresas:
"Double Team", uma intensa e violenta película escrita pela pena do Demo, apresenta-nos um duo volátil e com especial gosto pela destruição, que pintou a ódio os relvados nacionais no ano da graça de 2008.
Irmãos de sangue e inimigos de profissão, estes dois mafarricos demonstraram especial propensão para se meterem em sarilhos. Embora não pertençam a nenhum exército e não se guiem pelas normas, juntos formam um duo imbatível. Que ninguém ouse desafiar os seus pitons banhados a calamidade, sob pena da reforma se aproximar à velocidade de um Zé Bala.
Bruno Regufe Alves e Gilles Binya, os protagonistas, partilharam o palco por pouco tempo, visto que o próprio palanque fora alvo de uma entrada agressiva do camaronês. Ainda o público gritava horrorizado "rotura de ligamentos!", já estava o companheiro Alves a dar o toque final nesta demanda de flagelo do duo desgraçado duo. "E a seguir, vou encavalitar-me nas costas da estátua da liberdade!", bramia o megalómano Regufe, enquanto as chamas consumiam o armazém. Sim, alguém deu um isqueiro e gasolina ao Bynia. Mais tarde, Detinho viria a admitir o seu erro: "Cara, ele disse que era para fazer uma baita duma caipirinha à Didier Lang. Como podia recusar, pô?"
Foi assim o extemporâneo terminus da Gala Inaugural Cromos da Bola, sem que o pirómano camaronês tenha tido sequer oportunidade de receber o Rui Óscar para Penteado Mais Similar A Um Ferrero Rocher, naquele que se previa ser o ponto de rebuçado do certame.
Fica para o ano.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Gala Cromos da Bola 2008 - A Terceira Noite
Foi num clima de grande comoção que a decisão relativa ao Rui Óscar para Dramalhão do Ano surgiu no calendário de celebrações.
Ouviu-se um pigarrear colectivo do público.
Os pañuelos sairam dos bolsos.
Surgiram soluços abafados, como se a tragédia flutuasse no ar acima da plateia.
As faces da populaça surgiram pintadas de antecipação de cariz negativo, como quem presencia um acidente prestes a acontecer, ou o Ronny a assumir a marcação de um livre directo.
O próprio lateral esquerdo quase-timorense não resistiu à tensão do momento e apertou com força a suave (mas firme) mão de Nalitzis, que sorriu timidamente e sussurrou um visceral "je t'aime".
Mas quando Eládio Clímaco e Luís Carlos mandaram o desamparado Quim subir ao palco, os sorrisos abriram-se acabrunhados e a infame "palminha lenta" começou a surgir. Tal qual uma película americana, o som a batata frita das palmas - símbolo de popularidade e aprovação - encheu a pouco e pouco o armazém outrora frio e tristonho. Nalitzis ofereceu um anel de rubi a Ronny, e Quim deixou escorregar o Rui Óscar das mãos três vezes antes de conseguir proferir a primeira palavra de agradecimento.
Foi com uma sensação de reconhecimento que a plateia abraçou o galardoar deste projecto, que documentou o terror e a angústia de um guarda-redes que sofre 13 golos em 13 dias. "Thirteen Ghosts" demonstrou também grande criatividade da equipa que redigiu o argumento deste filme, pois um guião destes cabe claramente no domínio da mais mirabolante ficção científica. O trágico keeper Joaquim Silva protagonizou o papel da sua carreira na pele do azarado diabo que resistiu heroicamente a todos os obstáculos que o assolaram durante 13 dias de pesadelo.
As coisas piaram mais fininho quando chegou a hora de entregar o Rui Óscar para Melhor Filme de Terror. Com o Incrível Hulk já fora do pavilhão a mastigar camiões TIR, o Rocha do Duarte & Cia a vender papagaios de papel na praia e o Joker entretido a pintar um auto-retrato (sim, auto) da Mona Lisa, as atenções viraram-se para o único vilão presente: o sanguinário Ávalos, de regresso aos certames lusitanos.
Porém, qual a surpresa quando quatro cidadãos seniores se levantaram (com ajuda alheia) e caminharam/foram empurrados muito lentamente em direcção ao palco...É verdade, qual dia de Natal, onde por tradição se come "roupa velha", na Gala Cromos da Bola velhos foram os trapos, e estes mesmos trapos vencedores foram.
"The Mummy Returns" foi a película vencedora da categoria reservada aos Ávalos deste Mundo, reveladora e assustadora na forma como retrata o renascimento de uma Fénix muy portuense, apesar de vermelha. Como múmias temos os decrépitos Falmeida, Renato e Cao, mas quem mais brilhou foi Alves Nilo Vinha, no papel da múmia que vinha, mas não veio, arrebatando assim o Rui Óscar para Melhor Actor Secundário. O ceifador cabo-verdiano Cao também esteve em destaque, vencendo categoricamente o Rui Óscar para Melhor Ser Humano em Decomposição.
Para celebrar o feito, o quarteto de amigos foi beber uma canja de galinha e jogar dominó para o jardim. Parece que o Cao foi expulso. O outro vencedor da noite, Quim, pediu para se juntar ao gang e fazer uma partidinha, mas os convivas não o deixaram jogar, dado que deixava cair as peças todas.
domingo, fevereiro 01, 2009
Gala Cromos da Bola 2008 - Triplo Salto para Meyong
A noite não poderia ficar completa sem a atribuição do Rui Óscar para Triplo Salto, e "Saw 3" dizimou a competição - que era basicamente nula, dado que os consecutivos mergulhos de João Moutinho para a piscina/relvado foram alvo de desclassificação, consequência da impossibilidade do futebolista leonino superar o limite mínimo de idade.
Meyong - A história do jogador visto no maior nº de clubes, em tão poucos minutos.. O titulo do filme podia ser "Meyong, um jogador Ping-Pong", mas à última da hora mudou para este retumbante êxito de bilheteira. E assim é premiado com o Rui Óscar do triplo salto...
Meyong começou no Levante, cedo passou para Albacete e tarde acabou no Belenenses. Para Zé Meyong , qual Zé Portuga.. para ele não há regra que o apanhe.. até que .. alguém o viu nos 3 clubes. Uma sequela de terror e suspense, em que o sangue de Carlos Janela jorrou nos dias seguintes a….
I SAW YOU MEYOONG! THREE TIMES MEYONG!
Na hora da celebração, o Zé dos Camarões presenteou o grande público com uma sensual dança do ventre, que lhe valeu um piropo muito especial por parte de Hans Vimmo Eskilsson.
Meyong começou no Levante, cedo passou para Albacete e tarde acabou no Belenenses. Para Zé Meyong , qual Zé Portuga.. para ele não há regra que o apanhe.. até que .. alguém o viu nos 3 clubes. Uma sequela de terror e suspense, em que o sangue de Carlos Janela jorrou nos dias seguintes a….
I SAW YOU MEYOONG! THREE TIMES MEYONG!
Na hora da celebração, o Zé dos Camarões presenteou o grande público com uma sensual dança do ventre, que lhe valeu um piropo muito especial por parte de Hans Vimmo Eskilsson.
Gala Cromos da Bola 2008 - Rui Óscar para Trama do ano
Numa decisão previamente estipulada numa obscura reunião na League of Gentlemen, o Rui Óscar de Trama do Ano foi arrebatado pelo thriller "O Advogado do Diabo".
Ricardo Costa, um prezado e estimado advogado português, procura a fama nos corredores da Lei nacional..
Caso após caso, Ricardo vence (não o do Bétis, claro) e procura justiça no Mundo!
Bem sucedido, é convidado para voos mais altos (não os de Ricardo do Bétis, claro) e ascende á liderança da JUSTIÇA na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, onde o caso Golden Whistle impera.
Aparece na vida de Ricardo Costa um senhor muito low profile, mas cheio de ideias e poder - Luís Filipino Vieira .
Bem coadjuvado por uma nortenha de gema, uma mulher com padrões de vida paralelos e apaixonantes… esta dupla faz da sua luta uma questão de vida ou morte.
E a pressão funcionou..a pressão do público e dos media.. a pressão do presidente da liga, dos corredores escuros , obscuros e negros do futebol português vingou..
Mas ainda hoje não se percebe se o mal triunfou ou não...
Caso após caso, Ricardo vence (não o do Bétis, claro) e procura justiça no Mundo!
Bem sucedido, é convidado para voos mais altos (não os de Ricardo do Bétis, claro) e ascende á liderança da JUSTIÇA na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, onde o caso Golden Whistle impera.
Aparece na vida de Ricardo Costa um senhor muito low profile, mas cheio de ideias e poder - Luís Filipino Vieira .
Bem coadjuvado por uma nortenha de gema, uma mulher com padrões de vida paralelos e apaixonantes… esta dupla faz da sua luta uma questão de vida ou morte.
E a pressão funcionou..a pressão do público e dos media.. a pressão do presidente da liga, dos corredores escuros , obscuros e negros do futebol português vingou..
Mas ainda hoje não se percebe se o mal triunfou ou não...
Na impossibilidade de qualquer um dos intervenientes na película estar presente no certame - devido a mais reuniões (mais ou menos) secretas que decorrem neste preciso momento - o futebolista/ciborgue Pedro Mantorras coxeou até ao palco para receber o galardão em representação dos ditos cujos. O angolano brilhou com a sua exuberância e fez sorrir a plateia quando disse que iria derreter o Rui Óscar, pois era do opinião que um fémur de ouro era capaz de combinar bem com o joelho de platina. José Castelo Branco, o seu par, rapidamente apontou que ouro e platina não fazem pendant.
Gala Cromos da Bola 2008 - Rui Óscar para... BIG
Um dos Rui Óscares mais esperados da noite é o de melhor argumento. Que desta vez se junta inesperadamente ao de melhor caracterização e maquilhagem… tchan tchan tchan..
And the winner is Geoooooooooorge Leandro Abreu de Lima, mais conhecido como “Leandrinho Lima tenho 23 mas pareço ter 19”.
And the winner is Geoooooooooorge Leandro Abreu de Lima, mais conhecido como “Leandrinho Lima tenho 23 mas pareço ter 19”.
Uma história comovente, com uma caracterização impressionante que fez parecer este jovem ainda mais jovem. A não perder a enredo de um jovem que passou a vida a chamar-se
Luis Leandro Abreu de Lima, nascido em Fortaleza em Dezembro de 1987. Mas afinal.. após uma investigação com ADN, cabelos, sangue, câmaras ocultas e microfones nas cuecas, uma verdadeira investigação CSIesca, veio a nu o verdadeiro homem - George Leandro Abreu de Lima, nascido em Novembro de 1985.
Um talento do Nordeste.. que o Sado vê agora desaguar no seu caudal…
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